Eduardo Carmello
Partindo do pressuposto de que o sucesso não está em prever o futuro, mas em preparar pessoas capazes de enfrentar um futuro que não pode ser previsto, este trabalho se propõe a ajudá-lo a compor uma estrutura individual e coletiva para a descoberta de estratégias que possibilitem expressar ao máximo seu desempenho e seus talentos de forma lúdica porém intensa e consistente, viabilizando ações concretas para Você, para a Organização e para o Negócio na consolidação de resultados.
O objetivo deste trabalho é levar os participantes a vivenciar e refletir sobre a diferença entre a competência individual e a coletiva e perceber o ganho, em termos de resultado, de se adotar a segunda como estratégia preferencial.
Oferecer subsídios para sensibilizar e educar pessoas dedicadas à busca e à implementação de soluções, construindo um caminho coletivo que possa ser percorrido por qualquer equipe ou organização.
Todos sabemos que desafios fazem parte dos fundamentos ou essências do processo de mudança. Principalmente nesta fase de globalização e velocidade de informações, é necessário estar com uma equipe muito bem integrada, com liberdade para tomar decisões e preocupadas em manter, aprimorar e adicionar competências.
O foco em RH hoje é a valorização e educação de pessoas que consigam desenvolver uma atividade relacionada ao negócio, com a competência de gerar uma idéia ou ação que tenha a propriedade de diretamente transformar uma realidade, podendo esta ser objetivamente medida.
Dentro desta perspectiva, a comunicação e troca de informação aliada à uma ação conjunta afinada e criativa é um dos fatores primordiais para gerar e dar sustentação a um modelo de gestão que esteja comprometida com os negócios e resultados da empresa.
Cria-se a necessidade de estimular a visão sistêmica e a competência coletiva para que as pessoas realmente sintam-se homens da sociedade do conhecimento, chegando a ponto tal onde o conhecimento estratégico assume maior relevância do que o conhecimento operacional. Ao mesmo tempo, este “conhecimento” que consideramos precisa se provar na ação. Citando Drucker, “o que chamamos de conhecimento, atualmente, é informação em ação, informação concentrada em resultados.”
Os colaboradores necessitam também estarem orientados à otimização e coordenação de atividades ou projetos, objetivando sempre um processo completo, eficiente e unificado.
A essência da competência coletiva está na consciência e capacidade das pessoas de refletir, pensar e agir conjuntamente.
No desenvolvimento de um certo grau de maturidade e num tipo especial de clima e ambiente em que as pessoas podem encontrar um bom campo de troca de idéias, competências e experiências.
As atividades e dinâmicas desenvolvidas nesta vivência objetivam demonstrar a importância de incorporar os diferentes pontos de vista dos membros do grupo, transformando idéias em expressões e produtos concretos e bem sucedidos.
Isto pode ser compreendido e aplicado quando o objetivo é compartilhado, e a relação com o objeto mantém os indivíduos unidos. A contribuição de alguém para um objetivo coletivo é recompensada, e os reforços e ganhos do trabalho, são, de certa forma, partilhados por todos os participantes.
Todas as atividades oferecidas são utilizadas para descobrir novos caminhos de atuação para realizar metas coletivas, possibilitando o encontro de estratégias mais apropriadas e tomando decisões mais conscientes e certeiras.
Todos os esforços para gerar as competências coletivas combinam mudanças de comportamento e técnicas, onde, simultaneamente, estão trabalhando em si mesmas e ao mesmo tempo em “seus sistemas”. Uma equipe poderia estar estudando como aprimorar tecnicamente seus processos de vendas por internet, refletindo profundamente sobre suas percepções e crenças, assim como sua forma de se comportar e operar neste sistema. Desta forma podemos ter consciência de nossas estratégias de atuação e observar o quanto a mudança de valores, atitude e ações podem melhorar nosso desempenho e nossas relações interpessoais.
Um dos conteúdos mais complexos e de grande desafio dentro de uma equipe é obter excelência em manejar relacionamentos. Talvez este seja um dos maiores problemas que temos na área organizacional, que é a dificuldade de se comunicar eficazmente que tem como efeito a produção de conflitos interpessoais, caracterizados pela dificuldade na relação transmissão-recepção, com seus distúrbios e defesas.
Na maioria das vezes estamos falando apoiados em uma verdade que acreditamos que seja absoluta. Acontece que o outro também tem as suas verdades que ele considera absolutas. Conseqüentemente, ao conversar, se essas verdades forem diferentes, haverá choque, confronto. É possível então que eu pare de ouvir completamente o outro para poder me preparar para o ataque das outras verdades. Se nos sentirmos atacados, é possível que sejamos também agressivos, pois sentimos que estamos sendo atacados e não queremos perder a batalha. E a comunicação perde a fluência.
Daniel Goleman define esta relação como “Empatia deficiente”, que é quando as pessoas se enganam ao interpretar rostos neutros com hostis, ou por um distúrbio de percepção, se vê cercado por colegas de trabalho que considera estar contra ele, ou quando a pessoa considera que estão tramando algo a seu desfavor. Quando descarrega sua raiva ou outra emoção negativa contra seus colegas de trabalho ou familiares, não crêem que estão maltratando seus colegas, acham que apenas estão se defendendo.
Uma diferença importante entre a competência individual e coletiva é que na primeira eu gero e defendo uma idéia para o grupo, agindo a partir de minha percepção e crenças. A pessoa se preocupa em vender e imprimir sua idéia, sem se preocupar realmente se há outras iguais ou melhores para serem analisadas ou combinadas, e que resultarão numa melhor solução para o negócio. Passa ser mais importante para a pessoa, que está com outras num grupo, que a sua idéia vença.
No processo que envolve competências coletivas, as pessoas se preocupam preferencialmente em buscar uma verdade conjunta para o alcance de um objetivo comum, que se fomenta a partir da aceitação e aglutinação das diversas opiniões, podendo desenvolver inteligência e capacidade maiores do que a soma de talentos individuais.
Clemente Nóbrega, em seu provocativo livro “Em busca da empresa quântica”, oferece um resumo do que precisamos para viver numa empresa que vive a era da informação e conhecimento:
“Terá de ser mais feliz;
Saber superar as neuroses do poder;
Deverá ser mais baseada em inteligência e sensibilidade do que em hierarquia e poder;
Terá de ser mais organismo coletivo, em que o conhecimento compartilhado e a capacidade de aprender continuamente serão mais importantes do que controlar e dominar;
Menos estrutura e mais fluxo;
Menos burocracia e mais processo;
Mais significado humano.”
Viver num mundo em que se valoriza o imaterial, o intangível significa utilizar de competências coletivas para dar respostas rápidas, conhecer e se relacionar bem com os clientes e apresentar soluções para problemas aparentemente indecifráveis.
Desta forma este trabalho se propõe a vivenciar a arte de desenvolver competências coletivas que…
…conduzam a resultados desejados, clareando propósitos, construindo objetivos comuns e sustentando uma comunicação aberta;
…garantam excelência, assumindo sincronia e responsabilidade pelos processos e resultados, focalizando virtudes e qualidades dos colaboradores presentes;
…superem as expectativas do mercado, compartilhando visões e equilibrando autonomia, interdependência, direcionamento e flexibilidade;
…conduzam à maestria pessoal e grupal, despertando talentos e dons pessoais e desenvolvendo ações baseadas em respeito e confiança mútua.
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